domingo, 25 de maio de 2008

Heráclito e Parmênides



Heráclito nasceu em Éfeso, colônia grega da Ásia Menor na Jônia, por volta do ano 500 a.C. estava em plena flor da idade. Considerado o primeiro grande representante do pensamento dialético.
Considerava o mundo a realidade como algo dinâmico em permanente transformação, sua escola passou a ser chamada mobilista.

Para ele a vida era um fluxo constante, impulsionado pelas forças contrárias. É pela luta das forças contrárias que o mundo evolui. Algumas de suas críticas filosóficas: os seus personagens de sua época ou contra a tradição cultural grega, com a religiosidade popular (a religiosidade perante o sacrifício de animais para se banharem com o sangue) e também as preces feitas às estátuas.
Heráclito critica Hesíodo, pois falava que o mesmo não conhecia o dia ou à noite, sendo que era uma só (coisa). Critica Homero porque dizia que a discórdia poderia se extinguir entre os deuses e o homem. Criticava Pitágoras, pois Heráclito não aceitava que o homem deveria muitas coisas, porque isso não é conhecimento, de que a quantidade garantiria a qualidade?

A evolução está na mudança, nas forças opostas, a única coisa fixa é a mudança que é a realidade, o devir não caótico, mas sempre ordenado é o que de fato existe.

Heráclito imaginava a realidade dinâmica do mundo sob a forma de FOGO, com chamas vivas e eternas, governando o constante movimento dos seres.



Parmênides nasceu em Eléia, floresceu por volta de 500 a.C. Iniciou na filosofia por um pitagórico chamado Amínia, mas seguiu as lições de Xenófanes que fornecia explicações míticas sobre o princípio uno de todas as coisas, afirmando a existência de um único, onipotente e onisciente Deus.
Escreveu sua obra em versos hexâmetros chamada Sobre a Natureza composta sobre verdade (elethéia: verdade como não esquecimento do que foi contemplado no visível) e a opinião (doxa: opinião contemplada).

O ser não é, então não existe, apenas o que é poderá existir. Parmênides formulou o princípio de identidade (o ser é o ser) e o da não contradição (se o ser é, o seu contrário, o não ser, não é). A mera aparência das coisas das quais não pode confiar, temos conhecimento do não verdadeiro, ou seja, este fluxo do devir pode-se dizer que não é verdadeiro por não existir.

Para Parmênides o logus é a identidade do ser, imutável em oposição do mundo mutável das aparências, o lugar de Deus será ocupado pelo ser. Surge em sua filosofia a Ontologia, isto é, o estudo do ser enquanto tal ou o pensamento do ser.

Sua filosofia é o contrário de Heráclito, pois tudo que é uno, imóvel, estático é real permanente, e os nossos sentidos nos dão a ilusão ou aparência de que tudo flui, mas nada flui, pois o fluir é o devir e o devir não existe é o nada.



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