Comênio

O ensino deve inspirar-se na Natureza e à sua semelhança “proceder das coisas gerais para as particulares” e “das coisas mais fáceis para as mais difíceis”, “tudo gradualmente, nada por saltos”, “todas as coisas com nexos contínuos” e “com “exercícios contínuos”. Deve-se ensinar a partir das causas, “isto é, mostrar não só como é que alguma coisa é, mas também porque não pode ser de outra maneira. Com efeito, saber significa conhecer as coisas por meio das suas causas. Nada deve ser forçado, “deve inflamar-se nas crianças o desejo ardente de saber e de aprender” desde a mais tenra idade.
Comênio defendia a idéia de que a aprendizagem se iniciava pelos sentidos pois as impressões sensoriais obtidas através da experiência com objetos seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela razão. Seu método didático constituiu-se basicamente de três elementos: compreensão, retenção e práticas. Através delas se pode chegar a três qualidades fundamentais: erudição, virtude e religião, a quais correspondem três faculdades que é preciso adquirir: intelecto, vontade e memória.Mantendo esta didática o professor passaria a ser visto como profissional e não mais como missionário.
Rousseau

A criança que lê não pensa, só lê; não se instrui, aprende palavras. Tornai vosso aluno atento aos fenômenos da natureza, muito em breve o tornareis curioso. Mas, para alimentar sua curiosidade, não vos apresseis nunca em satisfazê-la. Ponde os problemas ao seu alcance e deixai-o que os resolva. (curiosidade do aluno ajuda na sua aprendizagem).
Segundo Rousseau “todo homem nasce bom” o que nos mostra que ele se opõe a igreja, já que para os religiosos o homem nasce bom, para Rousseau a educação enquanto criança é que vai decidir sobre a moral do adulto.
Herbart

As escolas herbartianas transmitiam um ensino totalmente receptivo, sem diálogo entre professor e aluno e com aulas que obedeciam a esquemas rígidos e preestabelecidos, Herbart previa cinco etapas para o ato de ensinar. A primeira, preparação, é o processo de relacionar o novo conteúdo a conhecimentos ou lembranças que o aluno já possua, para que ele adquira interesse na matéria. Em seguida vem a apresentação ou demonstração do conteúdo. A terceira fase é a associação, na qual a assimilação do assunto se completa por meio de comparações minuciosas com conteúdos prévios. A generalização, quarto passo do processo, parte do conteúdo recém-aprendido para a formulação de regras globais; é especialmente importante para desenvolver a mente além da percepção imediata. A quinta etapa é a da aplicação, que tem como objetivo mostrar utilidade para o que se aprendeu.
Freinet

A escola por ele concebida, é vista como elemento ativo de mudança social e é também popular por não marginalizar as crianças das classes menos favorecidas. O professor não deve trazer todo material pronto para o aluno e nem deixa-lo de livre escolha, deve existir um equilíbrio durante os temas proposto as aulas.
Freinet acredita que precisa da ação do sujeito principalmente para a formação e mérito da didática, preocupou-se com a educação do povo, pois a elite tinha mais facilidade para a educação. O relacionamento professor aluno era direcionado as curiosidades das crianças, para que desta forma “não ficassem apenas fisicamente na sala de aula”.
Muitas de suas técnicas são utilizadas até hoje em algumas escolas: a imprensa escolar, o jornal escolar, aula passeio...
Dewey

Alunos e professor detentores de experiências próprias, que são aproveitadas no processo. O professor possui uma visão sintética dos conteúdos, os alunos uma visão sincrética, o que torna a experiência um ponto central na formação do conhecimento, mais do que os conteúdos formais.
O conceito central do pensamento de Dewey é a experiência, a qual consiste, por um lado, em experimentar e, por outro, em provar. Com base nas experiências que prova, a experiência educativa torna-se para a criança num ato de constante reconstrução.
A educação tem como finalidade propiciar à criança condições para que resolva por si própria os seus problemas, e não as tradicionais idéias de formar a criança de acordo com modelos prévios, ou mesmo orientá-la para um porvir. A Educação, para ele, é uma necessidade social, os indivíduos precisam ser educados para que se assegure a continuidade social, transmitindo suas crenças, idéias e conhecimentos. Ele não defende o ensino profissionalizante, mas vê a escola voltada aos reais interesses dos alunos, valorizando sua curiosidade natural.
A escola não pode ser uma preparação para a vida, mas sim, a própria vida.
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